"I got some troubles, but they won’t last. Cause I'm in shoo shoo shoo, shoo shoo Sugar Town!"
terça-feira, 30 de abril de 2013
Poeira de sete faces
Eu faço jornalismo, mas eu detesto os jornalistas. Como viver assim, nessa loucura dicotômica entre ser o que se repudia? Eu vivo. Mas, sinceramente, eu não entendo. Como aqueles jovens cheios de boas vontades chegam à universidade querendo mudar o mundo; e saem de lá se contentando em camuflar-se no mundo. Mundo mundo vasto mundo/se eu me chamasse Raimundo/seria uma rima, não seria uma solução. Raimundo, João, Maria, Ana... Tantos nomes, tanta gente, pouca ação.
Vejo nos olhos as vontades, as indignações e jovens revolucionários ostentando seus redondos e vermelhos narizes de palhaço. Ora pois, que orgulho eles vêem em ser palhaços do sistema, da mídia, da televisão? Pobres coelhinhos medíocres, cospem palavras sem sentido, sem razão. Veneram Che Guevara, mas não sabem nada de revolução.
Acordem! A maior mudança tem que acontecer de dentro pra fora. Não funciona? Muda! Não tá contente? Busca! Não te ouvem? Berra! Coração vazio pesa mais que bolso cheio. Mente recheada de obviedades rola mais que bola de feno. Sem rumo, sem nexo, sem sentido, sem razão. Ao sabor do vento, mas na mesma direção.
Mundo mundo vasto mundo/mais vasto é meu coração.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Ponto G
Gosto do gosto, do grito, de gol, de grama, do gozo, do gostoso, de gesto, de gemido, do guloso, de gato, de gnomo, do Guga, da gruta, de gelo, de gengiva, da gula, do grave, do groove, do grande, do gramado, do gentil, da garantia, da gastronomia, de garfo, de gaita, do Gandhi, de grana, de Galápagos, de groselha, de grilo, de gaudério, de guri, de gala, do gari, de guaraná, de glitter, da graça, de garça, de gay, de gorila, da guria, de gelada, do gourmet, da gola, de galã, da garrafa, do gim, da galera, de gringo, do gole, de garra, do giz, do guizo, de gris, de gelado, da glória, da Grécia, da gravidade, de gratidão, de gengibre, de gergelim, de grávida, de granulado, de gogó, da galáxia, do Gandalf, do grego, do Gólon, de guizado, de gambá, de gingado, do Godart, da Gal, do Gil, de gorro, do Guevara, de gênio, de gaveta, do giro, do Guanabara, de gaivota, do glúten, do gepeto, do Galileu, do Galilei, de girafa, de girassol, de gorgonzola, de guitarra, do Grêmio, do George, de gaúcho, de geleia, gostava, gostei, gosto, gostaria, da gente.
Não gosto de gaiola.
Rua do pôr-do-sol
O nosso ano não virou
Ainda nem começou
O show não rolou
O Heros furou
A banda molhou
A coruja gritou
A galera mergulhou
Mas o sol não chegou
Passarinho cantou
E o Chorão achou
A batida perfeita ressoou
E o canto do pássaro complicou
Vai dormir pássaro gritão!
O ano ainda nem começou
Volta pro teu colchão!
O Chorão já chorou
Mas maio ainda não chegou
A coca-cola a galera tomou
E no abril o clima se puxou
Bora correr na praia!
Bora mergulhar!
Mas pular as sete ondas
Só quando maio chegar
E vamos de branco estar
Esperando o primeiro sol raiar
Braços dados na beira do mar
Cada um sabendo se encontrar
Beijos e flores para Iemanjá
Meu caminho eu que vou traçar
Assim que maio chegar.
Fafá e Paula
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Vamos? Fui!
Londres deve ser legal
Paris então, sensacional
E eu aqui
Querendo só sair por aí
Vamos até a esquina?
Depois até a praia
Não esquece a barraca
Bem que a gente podia
Pedir uma carona
Sem essa de perguntar pra onde
Vamos até enjoar
De correr
Nos campos espalhados por aí
De voar
Com os pássaros daqui
De nadar
Nas águas frias daí
Vambora!
A gente constrói uma torre de papel
A gente pinta no orelhão um arranha-céu
A gente se guia pelos nossos versos
Quem precisa de bússula
Quando carrega o mundo
Na ponta do lápis?
Pega um casaco
Desliga o celular
Esquece as chaves de casa
Vamos fazer do mundo um lar?
Um cachorro novo em cada lugar
Novas fotografias para revelar
Pausa
Pra te beijar.
Paris então, sensacional
E eu aqui
Querendo só sair por aí
Vamos até a esquina?
Depois até a praia
Não esquece a barraca
Bem que a gente podia
Pedir uma carona
Sem essa de perguntar pra onde
Vamos até enjoar
De correr
Nos campos espalhados por aí
De voar
Com os pássaros daqui
De nadar
Nas águas frias daí
Vambora!
A gente constrói uma torre de papel
A gente pinta no orelhão um arranha-céu
A gente se guia pelos nossos versos
Quem precisa de bússula
Quando carrega o mundo
Na ponta do lápis?
Pega um casaco
Desliga o celular
Esquece as chaves de casa
Vamos fazer do mundo um lar?
Um cachorro novo em cada lugar
Novas fotografias para revelar
Pausa
Pra te beijar.
Versus diversos
Tem uma duna nos meus sapatos - diz ela.
Te um mar nas minhas roupas - diz a outra.
- Vamos fazer uma praia lá em casa!
- Não vai dar certo.
- Então fazemos um verso.
Fafá e Paula
Te um mar nas minhas roupas - diz a outra.
- Vamos fazer uma praia lá em casa!
- Não vai dar certo.
- Então fazemos um verso.
Fafá e Paula
A falta que a falta faz
Não sei o que dizer, talvez por nunca termos tido essa necessidade de verbalizar. Mas sei o que sentir. E sinto. Sinto muito. Sinto por termos nos perdido nos olhares que tanto nos explicavam, por termos aprendido a lidar tão profundamente com pontos e vírgulas digitados; e ao mesmo tempo tão analfabetas sentimentalmente, emocionalmente, oralmente. Me fazem falta os mates madrugueiros repletos de sentido, cevados na nossa leveza juvenil, curtido na nossa energia sentimental e infantilmente crente no amanhã, que só por se fazer iminente, nos bastava. Nos bastávamos. Choro baixinho de saudade. Procuro nos cômodos do apartamento por lembranças daquele tempo, procuro por sinais do que fomos, busco um espaço nesse lugar que me foi tão familiar, e agora me parece tão distante de um lar.
Quero entender, consertar, decifrar e me encaixar nesse mundo psicodélico que eu ainda não me sinto metade. Quero poder falar o que sinto e ouvir o que tens pra me dizer, quero que tenhas o que me dizer e o digas. Em qualquer momento, em quaisquer das luas. Quero teu colo e os nossos ombros sempre amigos para absorver as lágrimas desse mundo estranho que nos rodeia e com o qual não sabemos lidar. Quero os planos, os sóis, as boas saudades, as boas músicas, os bons drinks e um bom futuro. Quero teu riso frouxo e feliz se encaixando nos meus dias cinzas. Quero te sorrir frouxo e feliz pra me encaixar nos teus dias cinzas.
E se não der pra ser de novo assim, se não puder ser agora, só quero que tenhas a certeza de que eu te amo, mesmo sem sentir o amargo daqueles mates, mesmo engolindo palavras que não tivemos tempo de dizer, mesmo estando confusas e sem ter um porquê. Te desejo paz e que os teus caminhos nunca se desviem das minhas estradas bipolares e que nunca nos aproximemos demais do tal círculo da noção.
O mundo ainda é nosso, preste atenção nos sinais, acredite e nunca vá embora. Promete?
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Agridoce
Arco-íris pintado à mão
Escorrendo entre nuvens de algodão
Mar de chocolate
Oscilando a maré conforme o vento bate
Chão de giz
Imaginando como a gente podia ter sido feliz
Entardecer cor-de-rosa
Descrevendo nosso amor em prosa
Um sofá do tamanho dos teus abraços
Onde fico admirando teus traços
Um sonho sonhado só
Faz lembrar que tudo vira pó
Te perco num minuto
Quando me encontro em absoluto
Me sei medo e solidão
Te sei todo e somente paixão
Queria poder não dizer adeus
E deixar que o dia morresse calmamente
Num dos beijos teus
Solitude
Não consigo entender essa fluidez de sentimento que inunda
as pessoas, pelo menos a maioria delas. Aquela eterna necessidade de possuir
alguém como se fosse um souvenir, não entendo as infinitas e inúteis explicações,
se apenas em um olhar o mundo se explica por si só. Pelo menos deveria. São
tantos cacos de sentimentos aglomerados dentro de nós, tantas idas e vindas,
chegadas e dolorosas partidas, quando apenas ficar faria todo o sentido.
Bastava um abraço, um papo no sol, bastava uma risada perdida no meio da briga,
os olhos nos olhos e a saudade de não se sentirem durante o dia. Bastava o
bom-dia e o beijo com cheiro de sono, bastava o boa noite entre corpos
entrelaçados nos dias de frio, pensando bem, nos de calor também. Bastavam-se,
mas nunca é o suficiente. Tantos filmes, tantos livros, tantas músicas, tanto
mundo pra mim e pra você. Escolhemos apenas não conhecer. Escolhe-se não
conhecer todos os dias, quando caminhamos em frente olhando pra trás sem saber
conviver com a ausência, sem saber-se num sentir sem fim, sentindo falta de uma
verdade que nem sabe se conheceu. Tudo que se perdeu no meio do caminho, levou
junto um pouco de mim. Enquanto eu fui tropeço pra alguns, outros foram
tempestade em mim.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
O próximo inverno
Chegou
Mas não
parecia estar ali
Chegou de novo
Eu quis que
ficasse
Fugiu
Eu não entendi
a partida
Voltou
Eu sorri
Sorrimos
Vivemos
Duvidamos
Combinamos
Esquecemos
Nos beijamos
Nos abraçamos
Não quero mais
que nos soltemos
Fica
Fiquemos
Ficamos
“Só pra
esperar o sol”
Seguimos
Sem rumo
Juntos
Ontem
Hoje
Até quando?
Até saber
Saber o quê?
Tá bom sentir asssim
Basta
Desacostumei
A que?
"A olhar nesses olhos sem sentir que são meus"
Sucré
Eu não comia,
você sabia e me trazia chocolates. Eu não dormia, você sabia e me ligava
apaixonado. Eu chorava, você sabia e aparecia só ouvidos. Eu sentia frio, você
sabia e me aquecia. Eu queria o mundo, você buscava pedaços e me trazia. Eu
queria fugir, você sabia e ia junto. Eu resmungava, brigava, reclamava e te
batia, você sabia os meus porquês e sorria.
Você sabe,
sempre soube e sempre saberá tudo de mim. Sabe a hora de calar e de me abraçar. Sabe de cor as sardas que pintam o meu corpo. Sabe exatamente o que dizer. Sabe da minha alma, bonita e feia. Sabe todos os meus sorrisos e caretas. Sabe minhas dúvidas e medos. Se sabe em mim. Você me reconhece e eu me reconheço em ti. Pelo menos há dez anos, desde quando
nos (re)conhecemos, até o fim. O fim que a vida irá impor, pois não sabemos dizer adeus, seguiremos em frente sendo sempre
nós, espíritos livres e entrelaçados. Corações chorosos e apaixonados. Você sou
eu e eu sou você.
Não há ponto final,
não há distância para tanto sentir.
As verdades que cuspimos, são as mesmas que não sabemos ouvir
Vim de braços
abertos e coração na mão, tentei te entregar e você recusou. Comprei geleia para adoçar nossa manhã, você reclamou. Muito doce, disse resmungando. O que
seria desse amargo que nos rodeia se não fosse o açúcar que se empilha nas
mercearias, pensei sorrindo. O vento que me levou até lá ainda soprava notas
musicais pelas ruas, eu queria que ele me deixasse ali, o dia não tinha sido
assim tão fácil. O dia tinha sido daqueles em que sentimos vontade de correr
pro colo da mãe e ganhar aquele milagroso cafuné, acompanhado de perguntas
doces sobre como foi o dia, como anda a vida, como vai o coração e como bônus
um café amargo e afagos quentinhos. Faz frio, ele chega de mansinho e só
permite que as amarguras da vida venham em forma de goles de café. Será que um
dia eu vou conseguir te ensinar isso? Tirar o açúcar do café e usar na vida? Tenta, eu insisto. Ouve, eu quase grito. Se não a mim, teu coração. Mas não
distorce o que ele quer te dizer, acredito que sejam coisas boas, faça
transbordar, faça refletir.
Saí dali por
não conseguir conviver com aquele silêncio que julga, julga minhas ideias,
ideais, corpo e mente. Saí dali por ouvir tuas verdades e não conseguir fazer
com que ouvisses as minhas. As verdades que cuspimos, são as mesmas que não
sabemos ouvir. Ouça, eu insisto. E perco, peco, falho tentando te ensinar. O
que há de tão errado em tropeçar? Nada. Eu não quero perdê-los pelos meus
caminhos tortos, só aceito que eles me acrescentem. Pessoas, histórias, amores,
amigos, vocês. Eu não sou assim, tão ruim, tão distante, tão o contrário de mim
como dizem. Eu apenas sou o que sou e tento ser o melhor de mim. Me ouve, me
conhece. Me observa, me aceita. Não insisto nem que me entenda, mas exijo que
saiba, eu te amo, assim como amo o que me faz bem, os que me fazem bem, me faça
bem e aceite que eu retribua.
Quando eu saí
daí você disse que amo uns e uso outros. Estranho para mim justamente por
sentir que amo mais do que deveria e uso menos do que poderia, na verdade não
uso, acho feio, desprezível e baixo. Não sou assim. Por favor entenda, por
favor não minta para mim sobre meus próprios sentimentos, eu costumo acreditar
e me culpar pela imagem distorcida que tens de mim. Não, não estão todos
errados e apenas eu estou certa. Não, ninguém está certo, muito menos errado. Estamos
(sobre)vivendo, buscando, somando. Errar é apenas um suspiro iminente da vida. Erre.
Por mim, por ti, por nós. Mas tente não errar assim, tão profundamente, comigo.
Talvez por saber que eu perdoo seja mais fácil não medir as palavras. Palavras.
Eu as respeito, mais do que deveria, menos do que poderia. Por isso pondere-as,
meus fantasmas muitas vezes vem de mãos dadas com elas, não me presenteie com
mais, afaste-os de mim. Se eu pudesse roubaria os teus, em troca te daria um
jardim. Faça isso por mim.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
A chuva que te trás
A fumaça do meu cigarro desenha teu rosto
A cerveja que bebo me trás o teu gosto
A ansiedade do não saber me leva ao teu encontro
A saudade dos teus olhos
A necessidade das tuas mãos
A espera da campainha que não toca
Na confusão dos meus sentimentos que se enrolam em ti
Que chamam por ti
E ao mesmo tempo te afastam de mim
Penso, repenso, sinto, vivo
Vivo os meus fantasmas, os teus, os nossos
Chove, e eu vim seguindo os pingos
Esperando te encontrar
Quem precisa de pote de ouro
No final do arco-íris
Quando existe a possibilidade de te beijar?
A cerveja que bebo me trás o teu gosto
A ansiedade do não saber me leva ao teu encontro
A saudade dos teus olhos
A necessidade das tuas mãos
A espera da campainha que não toca
Na confusão dos meus sentimentos que se enrolam em ti
Que chamam por ti
E ao mesmo tempo te afastam de mim
Penso, repenso, sinto, vivo
Vivo os meus fantasmas, os teus, os nossos
Chove, e eu vim seguindo os pingos
Esperando te encontrar
Quem precisa de pote de ouro
No final do arco-íris
Quando existe a possibilidade de te beijar?
Devolve, moço
Esconde essas dúvidas
Essa saudade
Guarda na tua gaveta de meias
Junto dos sentimentos furados
Que já não nos cabem mais
Esconde a tua descrença do sol
Aprende com ele a ir e voltar
Aceita que eu vou
E que um dia desses
De novo vou chegar
Esconde de mim tua ausência
Tuas palavras
Guarda no teu coração
Junto das verdades que me escondeu
Aquelas que cada vez machucam mais
Esconde teus frágeis amores da luz do dia
Desfila à noite, ao breu, com tuas aventuras
Aceita que não é um novo amor quem muda as coisas
Aceita que não sabe amar
Talvez assim...
Ele consiga te abandonar.
Essa saudade
Guarda na tua gaveta de meias
Junto dos sentimentos furados
Que já não nos cabem mais
Esconde a tua descrença do sol
Aprende com ele a ir e voltar
Aceita que eu vou
E que um dia desses
De novo vou chegar
Esconde de mim tua ausência
Tuas palavras
Guarda no teu coração
Junto das verdades que me escondeu
Aquelas que cada vez machucam mais
Esconde teus frágeis amores da luz do dia
Desfila à noite, ao breu, com tuas aventuras
Aceita que não é um novo amor quem muda as coisas
Aceita que não sabe amar
Talvez assim...
Ele consiga te abandonar.
terça-feira, 9 de abril de 2013
Free love
Seis dias e cinco noites de vida.
Gosto de paz, sombra amiga.
Escuto o som do violão.
Enquanto cantamos juntos mais uma canção.
Que "fale de não sei o que".
Ideias, ideais, razões.
Conflito de mentes aflitas.
Seus corações desacreditados insistem em acreditar.
E por que amar?
Pois senão não há vida.
E se eu amei e não amar nunca mais?
Se ama para sempre.
E nunca se deixa de amar completamente.
Se ama um gesto.
Uma rosa amarela de tinta.
Se ama a chuva no frio.
Um cuidado a mais e um bombom vazio.
Se ama cada nova sarda.
E marca de sol.
Se ama cada passo para frente, lados, costas.
E também se amam as pausas.
Pouse.
Pause e pouse.
Pouse sobre mim.
E não vá embora.
Pelo menos não enquanto eu não disser que sim.
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